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sábado, 24 de janeiro de 2009

O cara do apartamento de cima


Peço desculpa a todos os dois leitores do meu blog, por tamanha demora na postagem devido a problemas técnicos. Mas solucionados os problemas, estou de volta.
Beijo e abraços a todos e obrigada pela paciência. ^^


Oito e meia. Acordo outra vez com aquele doce som. A luz solar lhe faz companhia, ao entrar deliciosamente pela alta janela do meu pequeno apartamento.
Desde que as férias começaram e não preciso acordar quase de madrugada para ir trabalhar, posso provar desse dueto celestial: a aurora que se rompe bem em frente a minha janela e o som do saxofone provindo do andar de cima. Assim, levanto, sento-me à janela e aprecio aquele momento envolvente e tão esperado durante meus sonhos.
A harmonia penetra não só meus ouvidos, mas meu coração e cada parte do meu corpo, eriçam meus pêlos e ressoam em minha mente. Estremeço de repente, apesar do sol no rosto. No embebimento daqueles sucessivos sons sublimes ocorrem sensações inexplicáveis.
A música cessa lentamente e estou pronta para começar minhas atividades diárias.
Dia seguinte. Acordo. Olho o relógio na mesinha de cabeceira. Já são nove horas.. como dormi tanto?
Levanto bruscamente. Em outras ocasiões não me importaria de dormir até bem mais tarde, mas não numa situação como esta. Não nestas férias.
Seria possível que eu não tivesse ouvido o saxofonista? Não. Completamente impossível! Minha alma havia desenvolvido uma habilidade e meu corpo havia desenvolvido uma regularidade absoluta. Além do mais, nem dormi tarde ontem...
Mas então o que aconteceu com o saxofonista? Quer dizer, essa é a única coisa que sei sobre ele: que ele é simplesmente "ele" e não "ela". Perguntei ao porteiro quem era a pessoa que morava no apartamento de cima e que me intrigara tanto. Ele respondeu: "É o seu 'Miguel' e seu sax". Isso foi tudo que ele disse e por mais que eu quisesse não consegui perguntar mais nada, talvez por timidez. Sem saber por quê, me peguei pensando "Que tipo de saxofonista se chama Miguel?" e uma voz dentro da minha cabeça debochou: "Como se você tivesse conhecido muitos saxofonistas na sua vida".
Na verdade, nem este eu conheci. Já até havia tentado demorar mais tempo no corredor, andando bem devagar para ver se o encontrava, e diversas vezes debrucei-me ao máximo na janela, olhando para cima tentando vê-lo. Mas ao mesmo tempo, poderia dizer que lhe sou íntima, que compartilho de seus pensamentos e emoções.
Pensando be, agora até acho que estou louca, quer dizer, ficar aqui pensando nisso enquanto deveria perstar atenção em minha própria vida. ma é que... eu simplesmente não posso evitar. Devo estar mesmo obcecada.
Dia seguinte. Oito e meia. Acordo outra vez com aquele doce som. Susspiro aliviada. Está tudo bem.

^^ Lu

2 pessoa(s) já devaneou(aram) junto!:

Luiza Callafange disse...

Que bom que está tudo bem!
Quisera ouvir músicas assim ao acordar...Mas prefiro um piano ou um violino!

Anônimo disse...

Ainda vou postar de novo no meu blog um texto meu chamado "Pseudo-monólogo de um suposto apaixonado", partes um a quatro. Ele tem muito a ver com esse texto. ^^
Maravilhoso ele, por sinal, Lulu. Gostei demais, demais, demais! Lindão!
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